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SUSTENTABILIDADE| 22.12.2021

Oferecer apoio ao emprego feminino em LATAM, uma questão urgente

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Na América Latina, onde as mulheres representam 40% da população economicamente ativa, mais de 13 milhões perderam seus empregos desde o início da pandemia. Elas se unem aos cerca de 12 milhões que já careciam de um posto de trabalho, segundo um recente relatório da Organização Mundial do Trabalho (OIT) das Nações Unidas.

Na MAPFRE, comprometidos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (especialmente com o Fim da pobreza – ODS 1), Igualdade de gênero -ODS 5), e sempre, com o trabalho de qualidade (ODS 8) em todo o mundo, empregamos mais de 11.000 mulheres na região. Neste ano, a nossa Fundação focou a atuação em diversos eixos para lutar contra o impacto da COVID na América Latina, entre eles, a promoção da inclusão laboral e a capacidade empreendedora deste grupo.

No final de 2020, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já alertava que a crise provocada pela COVID poderia ser a primeira em afetar de maneira especial a empregabilidade das mulheres.

De acordo com os últimos dados disponíveis em seu Observatório COVID-19, a perda de empregos na região afeta em cheio, embora com variações entre os países. Apesar de que em termos absolutos a queda do emprego e a recuperação seguiram caminhos semelhantes para ambos os sexos, em termos relativos, as mulheres sofreram uma queda prolongada, assim como uma recuperação mais lenta até o momento.

Nos últimos dois anos, agravaram-se os desafios já enfrentados por muitas mulheres que compartilhavam lar e atenção com suas famílias com espaços de trabalho, no melhor dos casos, colocando em risco sua segurança financeira e desenvolvimento profissional.

A brecha é profunda. A sua participação como empreendedoras não supera 15% no conjunto da região. Em um país como o Brasil, menos de 5 por cento de startups são fundadas por mulheres.

 

Um retrocesso de mais de uma década

A consultora de recursos humanos Mercer antecipava em 2020 que a nova realidade após a pandemia iria testar as conquistas de cada país da região quanto a equidade de gênero no trabalho, uma questão que ganhou terreno até se posicionar entre as mais importantes. É como começar novamente, porque a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), que dependente das Nações Unidas, assegurava em fevereiro deste ano que o retrocesso é “de mais de uma década” nos avanços alcançados em matéria de participação profissional das mulheres.

 

Fome e insegurança alimentar

Além disso, o Observatório de Igualdade de Gênero do BID alerta que o efeito combinado dos conflitos, eventos climáticos extremos e da COVID impediram satisfazer as necessidades mais básicas de certos grupos, como o das mulheres ou o da segurança alimentar. “A menos que sejam tomadas medidas urgentes para conter a crescente pobreza, fome e desigualdade, especialmente em países afetados por conflitos e outras crises agudas, milhões de pessoas continuarão a sofrer”.

 

Fundación MAPFRE decide ajudar 

Cientes do difícil cenário atual em que se encontram as mulheres em muitos países, e com o objetivo de contribuir para a recuperação econômica das famílias em vulnerabilidade social e econômica, e das mulheres especialmente, a Fundación MAPFRE criou um projeto específico de empregabilidade, treinamento e empreendimento.

Os programas, implantados durante este ano na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai, incluem capacitação técnica, acompanhamento periódico de evolução após a formação e ajuda financeira para garantir a alimentação básica familiar durante o período de atuação.

Trata-se de fornecer as ferramentas para que as mulheres possam gerar renda que ofereça autonomia, aprendizagem de finanças, empreendimento e liderança que, às vezes, podem significar sua liberdade e a possibilidade de contribuir economicamente e até de criar suas famílias.

As ações estão sendo realizadas com entidades sociais e algumas, como no México, com o apoio de mulheres líderes de famílias indígenas ou como no Brasil, no ambiente das favelas. Na Colômbia, em colaboração com uma ONG local, é desenvolvido um projeto para formação de 200 mulheres chefes de família em um departamento (Norte de Santander) do país com uma alta percentagem de população migrante em situação de pobreza, superlotação, violência e exploração.

Além disso, durante 2021, a Fundación MAPFRE implementou em toda a região o Programa de Caixa Alimentar, cujo objetivo é fornecer suplementos nutricionais de grande qualidade a crianças em situação de desnutrição entre 0 e 10 anos. Os suplementos são entregues aos beneficiários quinzenalmente durante 6 meses, utilizando uma caixa de alimentos que também contém um brinquedo educativo para as crianças.

Outra iniciativa que é preciso salientar em seu esforço dentro de LATAM é o apoio ao grupo de pessoas com deficiência, Projeto FOAL: Fundación MAPFRE e Fundación ONCE na América Latina (FOAL) assinaram um convênio de colaboração para unir forças em favor da inclusão profissional de pessoas com deficiência visual na região.

O acordo assinado impulsionará a formação e inclusão no trabalho destas pessoas através de 86 bolsas, assim como a organização e realização de 11 cursos de formação, de 300 horas cada um, na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Paraguai, República Dominicana e Uruguai.

 

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