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SUSTENTABILIDADE | 11.03.2024

Divulgar ou não divulgar a sustentabilidade, esse é o dilema?

SONIA GOMEZ BORGES

Sonia Gómez Borges

 

Atualmente, a sedutora relação entre a divulgação da sustentabilidade e a reputação corporativa levou a questionar a ação de comunicar as boas práticas de empresas e instituições.

A palavra sustentabilidade percorre rapidamente os meios de comunicação e impregna todo tipo de conteúdos difundidos pelas empresas e instituições públicas. Muitas organizações de todos os tamanhos se lançam para propagar suas boas práticas com o único interesse de melhorar sua reputação, mas sem assumir nenhum compromisso real com seus grupos de interesse (greenwashing). Outras, por outro lado, desenvolvem estratégias com um impacto social e ambiental positivo, mas escolhem não divulgá-lo (greenhusing). Para entender qual é a melhor decisão é essencial compreender a função da divulgação em matéria de sustentabilidade empresarial.

Um dos pilares sobre os quais se baseia a sustentabilidade é a ética e isto implica esforçar-nos para sermos coerentes com o que pensamos (propósito empresarial, valores), o que fazemos (estratégia e plano de ação) e o que dizemos (relatório de informação de sustentabilidade). Se a empresa trabalha nessa direção, podemos deduzir que se preocupa realmente com os problemas ambientais e sociais que enfrentamos atualmente.

A divulgação responsável e a divulgação da sustentabilidade empresarial: duas faces de uma mesma moeda

Essa coerência entre pensar, fazer e dizer significa que, antes de começar a falar de sustentabilidade, a empresa deve revisar sua identidade corporativa e comprovar que a ética está integrada de maneira efetiva na cultura da organização.

Cada vez mais empresas entendem a importância de promover o respeito e a honestidade de seus profissionais, como é o caso da MAPFRE, que desenvolveu e publicou um plano de sustentabilidade como parte de seu compromisso com a transparência com seus grupos de interesse. Após o estabelecimento de sua visão e objetivos, a seguradora desenvolve e realiza ações de acordo. Por exemplo, não apenas inclui o compromisso com a diversidade dentro de seus valores corporativos, mas também adota medidas para garantir sua concretização: seu quadro de funcionários é composto por pessoas de cinco gerações, 86 nacionalidades, e por 1.031 pessoas com algum tipo de deficiência.

Da transparência à reputação corporativa

Divulgar os impactos positivos e negativos derivados da atividade das empresas contribui para fortalecer a relação com os grupos de interesse, que cada vez terão mais confiança na organização. A MAPFRE tem o compromisso de dar voz e resposta às expectativas de seus grupos de interesse através de uma série de ações específicas e canais de interação com cada um deles.

Sobre esta confiança são construídos os fundamentos sobre os quais se baseia a reputação corporativa, um dos valores intangíveis mais buscados pelas empresas atualmente. Hoje em dia, não representam apenas 54% do valor empresarial em média, tal como revelam os resultados do Global Intangible Finance Tracker 2023 da Brand Finance, mas, do ponto de vista do investimento, também se observa um crescimento contínuo dos intangíveis diante do decrescimento do investimento em ativos tangíveis, segundo Getting tangible about intangible 2021, de McKinsey.

A decisão de divulgar ou não os compromissos e ações sustentáveis constitui uma decisão intencional em relação aos grupos de interesse e, definitivamente, uma via direta à reputação corporativa. Um valor que não representa apenas um diferencial em relação aos públicos, mas também garante um impacto positivo no âmbito social e ambiental. Duas linhas que se entrelaçam e garantem um resultado coerente e benéfico para todas as partes.

 

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