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SUSTENTABILIDADE| 27.07.2022

Earth Overshoot Day ou Dia de Sobrecarga da Terra

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Estamos diante de uma emergência climática que nos coloca na década da ação, um contexto de urgência em que temos a oportunidade única de colaborar para enfrentar os desafios sociais e ambientais para evitar mudanças irreversíveis no planeta.

A escassez de recursos, a degradação dos ecossistemas e seu impacto na biodiversidade ameaçam não apenas a perda irrecuperável da riqueza natural, mas também nossa saúde e nosso modelo social de bem-estar.

É disto que falamos no próximo artigo, sobre como cada um de nós, na parte que nos toca, pode enfrentar o grande desafio pela frente. Para fazer parte da mudança devemos atuar. Mesmo com as menores ações de nossa vida diária podemos causar um grande impacto no mundo e assim cuidar do planeta.

O que é o Earth Overshoot Day ou Dia de Sobrecarga da Terra?

O Dia de Sobrecarga da Terra, ou também conhecido pelo nome em inglês “Earth Overshoot Day”, marca a data em que a demanda da humanidade por recursos em um ano determinado supera o que a Terra pode regenerar nesse ano. O resultado de todas as extrapolações de dados analisados concluiu que este ano é em 28 de julho.

Esta data é calculada dividindo a biocapacidade do planeta (a quantidade de recursos ecológicos que a Terra é capaz de produzir esse ano), pela Pegada Ecológica da humanidade (demanda da humanidade para esse ano), e multiplicando por 365, o número de dias em um ano.

Qual é a origem desta efeméride?

O Dia de Sobrecarga da Terra é organizado e calculado pela Global Footprint Network, uma organização de investigação internacional que oferece aos tomadores de decisões um conjunto de recursos para ajudar a economia a operar dentro dos limites ecológicos da Terra. De acordo com esta organização, foi no início da década de 1970 quando foi superado o limiar crítico e o consumo humano começou a ultrapassar o que o planeta podia reproduzir. Segundo seus dados, a demanda por recursos da humanidade é agora equivalente à de mais de 1,7 Terras.

A origem do próprio conceito, “Earth Overshoot Day”, foi criada por Andrew Simms, membro do think tank New Economics Foundation do Reino Unido, que em 2006 realizou uma associação com Global Footprint Network para lançar a primeira campanha mundial desta efeméride.

O fim desta campanha, que é celebrada a cada ano, é conscientizar sobre os recursos limitados da Terra. Eles estimaram que em 2022, em menos de sete meses, a humanidade demandou mais da natureza do que os ecossistemas do planeta podem regenerar em todo o ano.

Se levamos estes dados em consideração, eles mostram que estamos a caminho de precisar os recursos de dois planetas muito antes de meados do século XXI. Além disso, os custos do esgotamento dos recursos são cada vez mais evidentes. A mudança climática é um dos resultados mais evidentes, assim como os efeitos dela, como estamos vendo com ondas de calor às quais não estávamos acostumados até agora.

Quais são as consequências da exploração excessiva de recursos?

Este avanço progressivo e drástico não é fortuito e concerne a uma exploração excessiva dos recursos naturais, que teve uma aceleração desde os anos 70. Ele é causado, em grande medida, pelo crescimento de 50% entre 1980 e 2005 da extração global dos recursos naturais.

Em consequência, originou um aumento da pegada de carbono da humanidade, a perda de diversidade biológica pela destruição dos ecossistemas e habitats naturais, tanto terrestres quanto marinhos. Outro dos grandes problemas é a poluição ambiental e o rápido incremento do aquecimento global e da mudança climática.

Contudo, utilizar todos os recursos naturais que a Terra pode regenerar em um ano, não apenas produz consequências ambientais, mas também econômicas. Quando um recurso natural se torna escasso, seu preço aumenta no mercado. Assim, outro efeito é que tudo aquilo de que precisamos para viver fica mais caro.

Apesar da tendência de avanço do Overshoot Day ano após ano, em 2020, a pandemia mundial marcou uma melhoria incomum, conseguindo adiar a data mais um mês. No entanto, Mathis Wackernagel, presidente do Global Footprint Network, declarou que não era motivo de comemoração, acrescentando que “Devemos aprender a lição e fazer progressos planejados e não como consequência de um desastre”. Apesar disso, este marco demonstrou que as mudanças nos hábitos de consumo a curto prazo são possíveis, apontando para uma oportunidade sem precedentes para refletir sobre o futuro que almejamos.

    O que podemos fazer para “mudar a data” e reduzir o consumo de recursos?

    A tendência atual não é nosso destino, porque tal como é indicado pelo hashtag da campanha, #MoveTheDate, se tomarmos decisões sábias e orientadas ao futuro, poderemos investir as tendências de consumo de recursos naturais e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas incidindo em 5 áreas de atuação, como definido pela Global Footprint Network:

    1. Planeta: como ajudamos à natureza a prosperar. 
    1. Cidades: como desenhamos e gerenciamos as cidades. 
    1. Energia: como nos abastecemos. 
    1. Alimentos: como nos alimentamos.
    1. População: quantos somos.

    Quanto antes as empresas, as cidades e os países planejem com antecipação e se preparem para o futuro previsível, maiores serão suas possibilidades de prosperar. Isto é definido pela Global Footprint Network de “power of possibility” ou poder da possibilidade, que não é nada mais além das muitas possibilidades e soluções que temos para mudar a data e nos tornar mais resistentes. Alguns dos gestos mencionados por eles são bem simples, como por exemplo acabar com os plásticos de uso único, promover a moda circular ou utilizar carros compartilhados, entre muitas outras soluções que você pode consultar aqui.

    O que fazemos na MAPFRE para #MudarAData do Dia de Sobrecarga da Terra?

    Na MAPFRE sabemos que em resposta aos desafios globais, como o atraso do Earth Overshoot Day, a resposta só pode ser coletiva, colaborando entre todos para originar uma mudança, que queremos fazer parte com nosso plano ambiental para cuidar do planeta e continuar avançando em nosso propósito.

    Em 2021, alcançamos realizações em matéria ambiental, pelas quais sentimos muito orgulho: 

    • Conseguindo a neutralidade de nossa pegada de carbono na Espanha e em Portugal.
    • Com 39,5% de redução da pegada de carbono em 3 anos.
    • 322 kWh de geração fotovoltaica e 5% de autoconsumo.
    • Assinando o Pacto pela economia circular com a Câmara de Comércio da Espanha para implementar o projeto de competitividade e sustentabilidade em PME.
    • Certificando nossa Sede Social conforme o Regulamento Resíduo Zero (AENOR). 

    Em vista destes grandes avanços, queremos continuar dando passos em matéria de Meio Ambiente, trabalhando a cada dia para reduzir nosso impacto no planeta mediante iniciativas enquadradas em nosso Plano de Pegada Ambiental, para incidir em uma grande variedade de fatores fundamentais, como a edificação sustentável, a eficiência energética, a mobilidade sustentável, a gestão dos recursos, a compra verde, a gestão da água e da biodiversidade.

    Mas somos cientes de que, apesar do avanço representado por estes marcos e ações, não devemos ficar satisfeitos e queremos continuar construindo um futuro sustentável com nosso Plano de Sustentabilidade 2022-2024, com o qual nos comprometemos: 

    • A reduzir em 50% a pegada de carbono do grupo. 
    • A ser neutros em carbono em 100% dos países em 2030. 
    • A assinar 45.000 apólices de gama mudança. 
    • A formar 100% da rede preferencial de gruístas e oficinas em reparação. 

    A oportunidade de transformação que temos e a visão do que queremos alcançar nos inspira para ser ambiciosos. Na MAPFRE desejamos tornar realidade um futuro sustentável, onde não exista o Dia de Sobrecarga da Terra. 

     

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