SEGUROS| 10.05.2021
Da periculosidade do carregamento da bateria à importância do gerenciamento de mudanças: os cinco principais riscos industriais
A equipe de engenharia da MAPFRE Global Risks analisou os principais riscos e forneceu recomendações para melhorar as condições de segurança de grandes empresas.
Carregamento de baterias, trabalhos a quente, bombas de proteção contra incêndio, gestão de mudanças e desligamento de sistemas de segurança estão listados entre os cinco principais riscos industriais mais repetidos nas visitas técnicas realizadas pela equipe de engenharia da MAPFRE Global Risks.



A recomendação do especialista é prestar atenção especial à localização da zona de carregamento, ao contato com o material ou dentro de uma construção combustível e à proximidade de máquinas críticas para o processo industrial.
Como? Primeiro, propõe-se um carregamento seguro da bateria, ventilando os espaços, afastando outros riscos que possam surgir, compartimentando as áreas, se possível, com divisórias resistentes ao fogo, de forma a mitigar tais riscos. A abordagem da seguradora é ir além dos requisitos regulamentares em termos de manutenção e segurança.

Durante o evento, foi analisado um incêndio em uma fábrica de produtos pecuários, que colocou toda a fábrica em risco. O especialista lembra que a autorização de trabalho a quente é necessária em todas as instalações que não podem realizar esse trabalho em local permanente e adequado. Além disso, áreas perigosas (com atmosfera explosiva) devem ser evitadas, materiais combustíveis removidos e áreas vulneráveis protegidas.
Se for um trabalho a quente, deve ser realizado em uma determinada área. É importante verificar se não é perigoso. Caso contrário, é preciso implementar uma licença, para a qual é recomendado um procedimento com um formato exclusivo da atividade, treinamento de pessoal próprio ou contratado, elementos de fiscalização de obras e autorizações e medidas de segurança, atendendo aos requisitos mínimos a onze metros de distância onde ocorre a atividade (organização, ventilação, extintores e segurança).

É importante garantir nível da água no tanque, posicionamento das válvulas e bombas no modo automático, boas condições ambientais, sem umidade e temperatura acima de quatro graus Celsius, ausência de sinais de alerta ou vazamentos, motor de alinhamento da bomba, entre outras questões. Como sempre, é importante fazer uma análise da área, evitando que o conjunto de componentes encarregados de apagar o incêndio seja inundado em caso de chuvas torrenciais.
Lorao chamou a atenção para a documentação prévia, um programa de revisão planejado, a verificação do cumprimento das normas nacionais e internacionais, a emissão de relatórios (detalhados e registrados) e recomendações e a implementação de melhorias.
Ele lembrou ainda a importância de verificar o estado das bombas de incêndio, estabelecendo a curva das bombas para verificar o correto funcionamento do sistema de abastecimento de água.
Gestão da mudança e sistemas de segurança

É importante controlar a mudança com garantias, consoante se trate de uma substituição, ou se é temporária, permanente ou emergencial, o que implica a aplicação do(s) procedimento(s) de gestão correspondente(s). Indústrias como óleo e gás, química e petroquímica são mais críticas, detalhou, mas “isso é essencial” para todas as atividades.
O especialista analisou um caso específico em uma fábrica de alquilado de detergente nos EUA em que não se aplicou corretamente a gestão. Nos EUA, onde uma mudança de catalisador, entupimento de lodo, uma solução mal projetada que criou riscos adicionais, uma mudança de turno e uma comunicação deficiente também contribuíram para o problema.
No capítulo sobre recomendações, ele destacou a identificação da mudança, a análise de risco, a autorização e implementação da mudança e a revisão antes, durante e após o comissionamento. O sucesso na implementação de tudo isso depende, na sua opinião, de alavancas como a apropriação do processo, a gestão documental, uma equipe multidisciplinar e a criação de um painel de controle com indicadores.

Ela salientou a importância do procedimento de descomissionamento, que diz respeito aos primeiros casos, e sobretudo, a adoção de medidas alternativas de segurança para evitar que um pequeno incêndio ou foco de incêndio conduza a um grande incêndio ou uma catástrofe na sua ausência.
Em relação à recomendação de descomissionar os meios de PCI, ela forneceu uma espécie de licença e lembrou que deve responder à tipologia dos sistemas envolvidos e equipamentos afetados, ao tempo de indisponibilidade, ao estabelecimento de uma forma de atuação de qualquer instalação desprotegida, medidas preventivas e adicionais, assim como aos procedimentos e responsabilidades de comunicação.