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SAÚDE | 08.10.2020

COVID-19: a primeira experiência de telemedicina para muitos usuários

Marta Villalba

Pedro Díaz Yuste

Durante os piores meses do confinamento, com todos em casa, mas ainda assim com a necessidade de consultar um médico especialista ou mesmo obter uma receita para dar continuidade a um tratamento, muitos usuários tiveram sua primeira experiência de telemedicina. Trata-se de uma experiência de muito sucesso, muito bem avaliada no geral, e que confirma a teoria de que a telemedicina chegou para ficar.

A situação não levou em conta idade, gênero e condição social nem local de residência. A telemedicina foi utilizada da mesma forma por pessoas jovens, homens, mulheres e idosos, que residem em cidades grandes ou núcleos rurais. Todos nós nos especializamos de modo acelerado na tecnologia ao longo desses meses. Todos aprendemos a usar diferentes ferramentas tecnológicas para nos comunicarmos quando estivemos confinados. Transformamos a necessidade em uma virtude. Aprendemos também a entrar em contato com um médico por meio de um chat ou de uma videochamada. O que antes da chegada do coronavírus em nossas vidas poderia parecer algo de ficção científica para muitas pessoas, se transformou em uma realidade, e que muito provavelmente continuará sendo utilizada.

Na Savia, a plataforma digital de serviços de saúde, inaugurada pela MAPFRE em fevereiro de 2019, realizamos mais de 150 mil consultas durante o período em que estivemos confinados. Para a metade dos usuários, esta foi a primeira experiência com telemedicina. A Savia foi uma solução para muitas pessoas que precisavam contar com uma opinião médica em um momento em que se desaconselhava buscar hospitais ou centros de saúde para casos que não fossem indispensáveis. A opinião de um profissional traz confiança, e foi o que aconteceu nesse momento. A Savia foi a opção para os clientes da MAPFRE e também para os que não eram clientes, porque decidimos abrir a plataforma gratuitamente para toda a população. E os profissionais médicos que realizavam as consultas também o fizeram de forma altruísta.

A tragédia causada pela aparição do coronavírus em nossas vidas deve ser convertida em uma oportunidade para avançar na digitalização da saúde. Um digitalização na qual o setor privado já vinha trabalhando, mas que foi acelerada com a pandemia, e na qual o setor público agora deve trabalhar para fazer parte.

As vantagens são inúmeras e, precisamente, conforme seu uso for aumentando, serão ainda mais tangíveis. Em momentos como o atual, em que a situação econômica nos obrigará a buscar formas de economia, a eficiência no controle das despesas com saúde nos próximos anos é, provavelmente, uma das vantagens mais significativas na aposta pela telemedicina.

É necessário haver um estímulo da parte de todos, tanto das administrações públicas quanto dos diversos agentes privados que participam deste processo para colocar à disposição de todos os usuários as possibilidades que a telemedicina nos oferece. A tecnologia nos oferece a possibilidade de realizar consultas com acesso facilitado, a qualquer hora e em qualquer lugar. Damos aos usuários a possibilidade de escolher, e que eles decidam qual relação preferem ter.

É certo que a telemedicina ou uma consulta por meio de chat, por exemplo, não serve para todos os tipos de doenças. Existem situações em que a anamnese física é necessária, pois é insubstituível. Porém, também é verdade que existem outras circunstâncias em que não é necessário ir fisicamente a um consultório médico. Para essas situações, a telemedicina se transforma em uma opção com uma qualidade de assistência elevada, conforme avaliada pelos usuários. De fato, 98% das pessoas que utilizaram a Savia durante o confinamento relataram um nível de satisfação muito alto com o serviço recebido. Se o usuário estiver satisfeito e teve uma experiência agradável, é muito provável que ele repita o atendimento. A primeira experiência deixa impressões, e durante a crise, para muitas pessoas esta foi a primeira experiência com a telemedicina… E muito provavelmente, para muitas dessas pessoas, não será a última.