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CORPORATIVO|30.07.2024

MAPFRE Economics prevê um crescimento da economia mundial de 3% em 2024 e de 2,9% em 2025

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  • O crescimento global continua sua desaceleração, embora a queda gradual da inflação represente um alívio.
  • Os principais riscos incluem a geopolítica, a governança e a política econômica.

A economia global continua em plena desaceleração, porém mantém o crescimento positivo devido às taxas de inflação que têm diminuído progressivamente nos últimos meses. Nesse cenário, MAPFRE Economics, o Serviço de Estudos da MAPFRE, prevê um crescimento de 3% para 2024 e de 2,9% para 2025, ambos superiores aos 2,6% esperados nas previsões anteriores para os dois anos. As informações são apresentadas no ‘Panorama econômico e setorial de 2024: perspectivas para o segundo semestre’, publicado pelo Serviço de Estudos e editado pela Fundación MAPFRE.

A inflação continua avançando na direção correta, apesar de não atingir o objetivo, e ficará em 4,5% e 3,5%, respectivamente. Entre os obstáculos, permanecem a pressão dos serviços e os aumentos salariais na demanda, enquanto na oferta se solidificam outros desafios, como a disrupção das cadeias de abastecimento devido à crise do Mar Vermelho e a evolução dos preços das matérias primas. As características específicas de cada área causam, por sua vez, que o panorama da inflação apresente realidades muito diferentes ao redor do mundo e com níveis de evolução muito desiguais.

Em 2024, o balanço de riscos globais está ligeiramente enviesado para baixo, com destaque para os riscos geopolíticos, de governança e de política econômica, e uma potencial transição para um cenário menos benigno, porém não recessivo.

Por áreas geográficas, o crescimento dos Estados Unidos será de 2,1% este ano e de 1,8% no próximo, mantendo a previsão da edição anterior para 2024 e aumentando duas décimas a de 2025. A inflação se situará previsivelmente em 3% e 2,4%, respectivamente. O Serviço de Estudos da MAPFRE ressalta que o mercado de trabalho está mostrando sinais de fraqueza, com o desemprego aumentando para 4,1% em junho, em comparação com 3,8% de março, somando-se aos indicadores avançados negativos que foram divulgados. O principal risco para a economia dos EUA é o alto nível de dívida e de déficit, em um momento em que, com um crescimento saudável, o governo já não deveria estar incorrendo em déficit.

A Zona Euro crescerá previsivelmente 0,8% em 2024 e 1,7% em 2025, com uma inflação de 2,3% e 2%, respectivamente. O desempenho a curto prazo da economia europeia dependerá significativamente da interação de forças entre a flexibilização monetária prevista e, portanto, da inflação, e do retorno das regras fiscais, ou seja, do endurecimento fiscal.

Por sua vez, a Ásia-Pacifico registrará um crescimento do PIB de 4,7% este ano e 4,3% no próximo, com uma inflação de 0,9% e 1,7%, respectivamente, enquanto a América Latina crescerá 1,3% em 2024 e 2,1% em 2025. A inflação permanecerá elevada, encerrando o ano em 8,5% e diminuindo para 7,6% no próximo.

“O panorama atual proporciona uma visão macroeconômica mais equilibrada, embora esta fase de desaceleração continue apresentando certas divergências em termos de atividade, inflação e políticas monetárias, frente a um cenário geopolítico desafiador que abre uma brecha mais profunda”, destaca no relatório Manuel Aguilera, diretor geral da MAPFRE Economics.

 

Impacto no setor segurador

As perspectivas para o mercado segurador mundial em 2024 são positivas, e embora sejam inferiores às de 2023, os prêmios de Vida devem aumentar 4,4% e os de Não Vida 5,2%. Elas são consistentes com a boa disposição esperada para o desempenho da economia mundial ao longo deste ano.

Para 2025, a situação cíclica esperada melhoraria, pois com uma inflação mais controlada, as condições financeiras voltariam a favorecer o consumo e o investimento, apoiando projeções relativamente favoráveis para o crescimento dos prêmios de Não Vida, com um crescimento esperado de 5,4%, e ainda suficientemente benignas para a geração do negócio de Vida, para o qual se prevê um crescimento próximo a 7,9% interanual.

Você pode consultar o relatório completo aqui