Termos e conceitos de seguros que você deve conhecer para não se perder (Parte II)

Desta vez, demos ênfase à oferta, aos canais pelos quais você pode contratar sua apólice e a outros momentos importantes na vida do contrato. –Acompanhe a nova edição! 

Começamos com o conceito de ramo dentro da atividade seguradora. Em poucas palavras, trata-se do conjunto de soluções de seguro criadas para cobrir riscos de natureza semelhante. Automóvel, vida, residência… são os mais conhecidos. Mas também existem muitos outros que podem fazer parte do portfólio das seguradoras, como responsabilidade civil, assistência, acidentes…  

Às vezes, tendemos a confundir os ramos com modalidades, que na verdade são subdivisões. Por exemplo, no ramo de automóvel, você pode contratar desde um seguro contra terceiros com as coberturas básicas até um seguro total, com ou sem franquia, passando pela modalidade contra terceiros ampliada, com cobertura contra roubo e quebra de vidros, etc. Ou seja, dentro de cada ramo, podem existir diferentes tipos, e o mesmo acontece com o seguro de vida, em que você pode encontrar seguros de risco (que oferecem uma indenização em caso de falecimento ou invalidez do segurado), de poupança, de investimento, etc. 

Também chamadas de garantias, as coberturas são as prestações previstas nas apólices, por meio das quais o segurado estará protegido se o risco se concretizar, até o limite acordado.  

Por isso, elas são extremamente importantes, e você deve se certificar de que estejam adequadas às suas necessidades, para garantir sua segurança. Por exemplo, em um seguro residencial, podemos encontrar as seguintes coberturas básicas e complementares: incêndio, roubo, danos por água, responsabilidade civil, etc., que proporcionam grande tranquilidade.  Então, onde posso contratar um seguro? 

Simples. No setor de seguros, como em outros negócios, existem diferentes canais de distribuição para contratar um seguro: você pode recorrer à própria equipe de vendas da companhia, a um agente ou corretor de seguros, que atuam como intermediários entre a seguradora e o cliente.  

Outra via para adquirir uma apólice são as instituições financeiras. É o que se conhece como bancasseguros. Além disso, com o uso das novas tecnologias, as insurtechs e a contratação digital de seguros. Cada vez mais, as seguradoras adotam uma estratégia multicanal para que o cliente escolha a forma que mais lhe convier. 

Se você já sabe qual é o ramo e a modalidade de seguro que deseja contratar, assim como o canal por onde vai fazê-lo, é hora de conhecer as diferentes etapas até a formalização e emissão da apólice, o ato final que valida as coberturas acordadas.  

O primeiro passo é comunicar à seguradora o seu interesse em assinar um contrato, por meio da proposta de seguro, um questionário que deve conter o máximo de detalhes sobre o risco que você deseja proteger. As perguntas são adaptadas a cada tipo de seguro. 

Depois, com base nas informações, a seguradora fará uma oferta ou proposta de seguro, com os principais elementos da apólice: o objeto do seguro (o bem ou a pessoa a ser protegida), os riscos cobertos, o prazo de vigência e, claro, o valor do prêmio a ser pago pelo contratante. Essa proposta vincula a seguradora por um prazo de quinze dias.  

Por fim, uma vez aceita a proposta, procede-se à formalização do seguro com a emissão do contrato, a assinatura pelas duas partes (contratante e seguradora) e, por fim, o pagamento do prêmio. 

Agora imagine que, por fatores alheios ou não à sua vontade, ocorra um aumento na periculosidade inicialmente considerada no contrato, ou seja, um agravamento do risco. Nesse caso, o que fazer? É preciso comunicar à seguradora, conforme determina a lei, por uma razão simples: como o prêmio é calculado com base em certas condições, uma mudança pode alterar esse valor.  

Outro conceito que pode surgir é o de novação do contrato de seguro, que consiste na modificação de algum dos termos essenciais da apólice, como alteração dos bens segurados, inclusão de novos riscos, correção dos valores segurados, etc. Para que tenham validade, essas modificações devem ser registradas em um endosso.  

Outro documento importante é o certificado de seguro que comprova que você possui uma apólice, sem necessidade de portar o contrato completo. Nele, a seguradora declara a existência do seguro e o risco coberto, mas sem incluir as cláusulas detalhadas do contrato.

Por fim, sobre o vencimento, mesmo que você pague seu seguro mensal, trimestral ou semestralmente, a vigência segue sendo anual, salvo se tiver contratado um seguro por dias. 

Também é importante saber que, para cancelar o seguro, você precisa notificar a seguradora com pelo menos um mês de antecedência. Caso contrário, o seguro será renovado automaticamente. E, se por algum motivo ele for renovado mas você ainda não pagou o prêmio, existe o chamado mês de carência para fazer o pagamento, do contrário, o seguro perderá a validade.  

Esperamos ter ajudado você a navegar com mais segurança pelos novos termos e conceitos do universo dos seguros. 

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