As alianças, combustível do futuro sustentável

Quando falamos de sustentabilidade, poucas coisas são tão poderosas, e tão necessárias, como a colaboração. Os desafios globais requerem respostas coletivas, por isso as alianças entre diferentes atores se tornaram uma estratégia essencial para garantir um futuro sustentável. No âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pelas Nações Unidas em 2015, o ODS 17, “Alianças para alcançar os objetivos”, destaca a necessidade de colaboração entre governos, empresas e sociedade civil, colocando a Agenda 2030 no centro das políticas e ações de todos eles.

O valor das alianças reside na possibilidade de unir forças, compartilhar conhecimentos e otimizar recursos para gerar soluções efetivas e duradouras. Uma pesquisa desenvolvida pelo Pacto Mundial da ONU revela que 78% das empresas que apoiam os ODS o fazem através de alianças. Por isso, a colaboração entre organizações é essencial para enfrentar problemas que não conhecem fronteiras, como as mudanças climáticas, a escassez de recursos ou a desigualdade social. Segundo Jaap Boonstra e Marcos Eguiguren, em seu livro Alianças Estratégicas que Criam Valor, “as alianças impulsionadas por um propósito são especiais porque se concentram em contribuir para uma sociedade melhor. Elas se baseiam em valores e princípios claros que direcionam a parceria em uma determinada direção e orientam seus membros nas atividades colaborativas.” Essa visão é a base sobre a qual, na MAPFRE, tecemos uma rede de alianças estratégicas que nos permite maximizar nosso impacto e reforçar nosso compromisso com um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

Sabemos que uma aliança é uma relação baseada na confiança e na vontade de gerar valor para todos. Isto é refletido em nosso Plano estratégico 2024-2026, que estabelece objetivos concretos de descarbonização de nossos investimentos, impulso às energias renováveis e promoção da inclusão social e financeira. Este plano é inseparável das alianças que o sustentam, já que a cooperação entre administrações públicas, empresas privadas e organizações não governamentais permite uma maior eficácia na implementação de medidas. Graças às sinergias com organismos multilaterais, redes empresariais e espaços de diálogo internacional, conseguimos integrar a sustentabilidade em cada camada da nossa atividade, da estratégia corporativa à tomada de decisões diárias. Participamos ativamente em fóruns essenciais como o Global Compact das Nações Unidas, a Alianza Net Zero Asset Owner (NZAOA) ou a Climate Disclosure Project (CDP), onde compartilhamos conhecimentos, traçamos roteiros comuns e nos comprometemos a objetivos concretos de descarbonização e responsabilidade social. Também fazemos parte da Rede Mundial de Empresas e Deficiência da OIT (GBDN) ou da Iniciativa Financeira do programa ambiental das Nações Unidas (UNEPFI), entre outros, que nos permite não só compartilhar boas práticas, mas também impulsionar iniciativas que melhorem a inclusão financeira, promovam a igualdade de gênero ou a equidade no trabalho em contextos especialmente vulneráveis.

De acordo com a Agenda 2030, superar os desafios que dificultam o cumprimento dos ODS requer mobilizar e trocar conhecimentos, especialização, tecnologia e recursos financeiros por meio de alianças estratégicas, nas quais o setor privado tem um papel fundamental. De fato, 53% dos líderes dessa organização consideram as empresas o parceiro “mais importante” para a implementação dos ODS, destacando sua capacidade de inovação, recursos e alcance para impulsionar soluções tanto em nível local quanto global. Mas essa capacidade só atinge seu verdadeiro potencial quando está a serviço de um propósito compartilhado, guiado por princípios ESG (ambientais, sociais e de governança) e articulado por meio de alianças estratégicas.

Desde o impulso de investimentos responsáveis até a integração de critérios de sustentabilidade na tomada de decisões, as alianças estratégicas são uma prova de que o setor privado pode ser um agente de mudança positivo. Segundo o relatório Better Business, Better World da Comissão de Negócios e Desenvolvimento Sustentável, os modelos de negócios sustentáveis poderiam abrir oportunidades econômicas por pelo menos 12 trilhões de dólares e gerar até 380 milhões de empregos por ano para 2030. Mas além do impacto econômico, as alianças estratégicas também têm efeitos diretos sobre a qualidade de vida das pessoas. Para as administrações públicas, essas colaborações permitem otimizar o uso dos recursos, melhorar a eficácia das políticas públicas e incentivar a participação da sociedade na tomada de decisões. Para a cidadania, a existência de acordos e sinergias entre diferentes atores facilita o acesso a melhores serviços e oportunidades, além de garantir uma maior transparência e prestação de contas nos projetos de desenvolvimento sustentável. Em última instância, uma rede de alianças sólida e bem estruturada pode acelerar o cumprimento dos ODS e gerar uma mudança real na forma como as sociedades enfrentam os desafios do futuro, porque se alguma coisa aprendemos nestes anos é que a mudança real não começa do individual, mas da colaboração.

Nosso compromisso com a proteção do meio ambiente se materializa em diferentes ações. Em 2030 nos comprometemos a ser neutros em carbono em todos os países onde temos presença e para isso estamos realizando diferentes ações. Ações que se materializam em objetivos através de uma política de sustentabilidade e do Plano de Sustentabilidade 2022-2024.

Nosso Plano de Sustentabilidade 2022-2024 foca nos desafios globais aos quais, a partir da nossa atividade, podemos contribuir de maneira equilibrada em três dimensões: ambiental, social e de governança. A sustentabilidade é estratégica para nós, porque cada pilar do nosso plano nos permite continuar avançando em nosso propósito: cuidar do que você se importa.

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